terça-feira, 3 de setembro de 2013

Ultra Trail du Mont Blanc 2013

Realizou-se no passado fim-de-semana, nos Alpes, a principal corrida mundial de Trail, numa extensão de 168 quilómetros em torno do Monte Branco.
Entre os 2300 atletas de todo o mundo quarenta e um eram portugueses.


O apoio sempre presente
O UTMB – Ultra Trail du Mont Blanc teve partida e chegada em Chamonix (França) e passou por três países - França, Suíça e Itália. Os atletas tiveram de enfrentar ao longo de 168 quilómetros, sete vales, 71 glaciares  e  400 cumes do maciço do Monte Branco, totalizando 9.600 metros de desnível positivo, num tempo limite de 46 horas.
"Luís Mota, um tomarense entre milhares de ultramaratonistas"
Tinha o sonho de realizar esta prova em França, Chamonix e passar por três países - França, Suíça e Itália a correr. O Ultra Trail du Mont Blanc (UTMB) a principal corrida mundial de Trail.
O desafio era grande mas, nesta distância e em altitude tudo poderia acontecer.
Dada a partida, tudo corria dentro da normalidade. Os quilómetros (Km) foram passando mas, aos 79 (Km) o corpo começou a rejeitar tudo o que era ingerido. Foram 19 horas de gestão com um único pensamento: “ A dor de abandonar seria muito maior do que qualquer outra a suportar”.
Ao longo dos quilómetros tive sempre a companhia da família e amigos que me  encorajavam e curiosamente foi na cerveja sem álcool que encontrei a solução para “enganar o estômago”.
Luís Mota, após terminar o UTMB 2013
Termino agora a época desportiva e como estou agradecido pelos momentos que vivi, em treinos, convívios ou em conversas sobre esta prova.
Apenas me resta dizer:
“Não desistam dos vossos sonhos”

3 comentários:

JoaoLima disse...

Muitos parabéns, Luís, grande exemplo para todos!

Um abraço

MPaiva disse...

Luis,

Muitos parabéns pela concretização desse sonho!

Um forte abraço do
MPaiva

luis mota disse...

Obrigado João Lima e Miguel Paiva.
Esta prova é grandiosa. Se estar na partida é fabuloso, terminar é fantástico.
Fiz uma preparação objectiva e empenhada para trabalhar para a melhor classificação possível.
Tudo ia bem quando o corpo nos prega uma partida. Estava consciente para a situação e reformulei o objectivo logo ali e penso: Tenho mais de dois mil atletas atrás de mim e 46 horas para terminar. Nem que seja a andar!
Assim, gerindo, sabendo que teria uma classificação muito diferente, nada me assustou. Apreciei a prova geri a pouca energia que tinha e, após largas horas sem conseguir comer, terminei bem. Há que saber gerir as emoções e as expectativas demasiado elevadas, uma vez que poderei não ter uma segunda oportunidade de terminar o UTMB.