quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Luís Mota vence “ Ultra Trail”, no Sardoal


Luís Mota foi o grande vencedor do "Ultra Trail Terras do Sardão" realizado no passado domingo, dia 21 de setembro, em Sardoal - Santarém.
 
Luís Mota após 45 km no "Coração de Portugal"
O atleta tomarense, em representação da Casa do Benfica em Abrantes (CBA), percorreu os 45 quilómetros em 4h31m40s, com mais de 11 minutos de avanço relativamente a José Durão (CBA), tendo José Ramos, do EC Covilhã, completado o pódio com o tempo 4h52m51s. Em femininos triunfou Elsa Dinis, da CBA, com o tempo 6h42m47s.

Na prova de Trail, K25 foi Paulo Alves, do Andorinhas, com o tempo 2h31m46s, na segunda posição ficou Ricardo Moreira (UDRZA), com o registo de 2h38m34s  e fechou o pódio, Luís Alexandre (ACR Santa Cita) com o tempo 2h38m43s.

A primeira atleta feminina a completar a prova K25 foi Tânia Vieira, do GIPS GNR  com o tempo 3h20m22s.

Este é um evento que se recomenda. A “Vila Florida” (Sardoal) merece a sua visita, pelo património natural e humano que possui. Com esta excelente iniciativa, o "Ultra Trail Terras do Sardão" é uma prova a ter em consideração, nas suas futuras edições.
Classificações

Meo Urban Trail Lisboa 2014



O UTL, é um novo conceito de corrida, englobado num projeto mais global o UrbanTrail Series, que leva os seus participantes a desafiarem-se na Aventura e a conhecer o mais íntimo das cidades.
No passado sábado, dia 20 de setembro, realizou-se em Lisboa, a terceira edição do “UrbanTrail Lisboa”.
Hélio Fumo foi o 1º classificado, Diogo Fernandes foi o segundo e Carlos Sá o terceiro classificado da geral.


Nas senhoras, Ester Alves foi a grande vencedora, na segunda posição Inês MarquesSofia Roquete ficou na 3ª posição, na geral feminina.
De Tomar, Luís Mota e Mariana Mota participaram no evento. Mariana foi a 5ª da geral e Luís Mota o 10º classificado.
Um formato de verdadeira festa da corrida que reúne cada vez mais adeptos. Seguem-se as edições de Porto, Coimbra e Sintra.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Délio Ferreira e Patrícia Carreira em termos individuais e o Clube de Atletismo da Barreira, em termos coletivos, foram os grandes vencedores da segunda edição do “Trail do Lapedo”.


Partida do 2º Trail do Lapedo
Decorreu ao final da tarde de 13 de Setembro de 2014 a 2.ª edição do Trail do Lapedo, num percurso percurso que foi rápido, mas exigente. Délio Ferreira (Toledo) cedo tomou a dianteira e foi o vencedor, seguido de Luís Mota da Casa do Benfica em Abrantes e Nélio Almeida do AC Mamede.

 
Geral masculina
Em femininos, Patrícia Carreira (Offtel Runners) foi a grande vencedora, seguiu-se Sara Brito (CA Barreira), na segunda posição e  Cláudia Carreira (Offtel Runners) completou o pódio.
 
Geral feminina
Este evento teve como  objetivos  contribuir para a divulgação da beleza natural e paisagística do Vale do Lapedo, do sítio arqueológico do Abrigo do Lagar Velho e simultaneamente de promover a atividade física competitiva de lazer em ambiente natural. Simultaneamente decorreu a 2ª Caminhada do Lapedo, num percurso pelo paradisíaco vale.

Luís Mota apadrinhou o evento
A prova foi organizada pelo Leiria Marcha Atlética Clube, com o apoio da Junta de Freguesia de Santa Eufémia, da Associação Distrital de Atletismo de Leiria e contou com o apoio técnico da OFFcrono.pt.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Ultra Trail du Mont Blanc 2014

Realizou-se no passado fim-de-semana, nos Alpes, a principal corrida mundial de Trail, 
o UTMB – Ultra Trail du Mont Blanc (UTMB).
A prova teve partida e chegada em Chamonix (França) e passou por três países - França, Suíça e Itália. Os atletas tiveram de enfrentar ao longo de 168 quilómetros, sete vales, 71 glaciares  e  400 cumes do maciço do Monte Branco, totalizando 9.600 metros de desnível positivo, num tempo limite de 46 horas.


Entre os 2300 atletas de todo o mundo, vinte e oito eram portugueses dos quais terminaram vinte e um. Carlos Sá e Ester Alves, atletas da “Desnível Positivo/Sportzone”,  foram os que obtiveram o melhor resultado na comitiva lusa. Ambos conseguiram o 8º lugar na geral masculina e feminina respectivamente.



"Luís Mota, um tomarense entre milhares de ultramaratonistas de todo o mundo"
Luís Mota, antes da partida do UTMB, 2014
Pelo segundo ano consecutivo, o atleta tomarense da “The Nort Face”, apoiado pela "Goldnutrition", participou na principal prova de “Ultra Trail mundial”.


A prova do tomarense, Luís Mota

O caminho para esta prova iniciou em Setembro de 2013. Foi um ano com altos e baixos, tal como a montanha, mas que consegui concluir com sucesso.


A preparação
Serra da Estrela 1


Serra da Estrela 2, Caminho das Estrelas


Vitorino e Amigos Lousã



Treino no Salgado
Alguns dos muitos Amigos que pedalaram a meu lado ( aqui em Fátima)
Treino em Ferreira do Zêzere



Na preparação contei com muitos amigos. Vários foram os treinos longos na Lousã, Serra da Estrela, Ferreira do Zêzere, Tomar, Salgado… Todos com a preciosa companhia de muitos Amigos. Foram muitos quilómetros, estes são apenas alguns dos muitos bons momentos que passei.


A viagem
A comitiva ribatejana


A viagem foi com a família Ferreira, da "Greenroc” do Entroncamento, que já me tinha auxiliado na edição anterior. Poucas seriam as palavras para agradecer este apoio do Lélio e da Lina Ferreira. Muito obrigado.

A deslocação foi de carro até França, o alojamento em altitude, cerca de 1800 metros em “ La Forêt” ajudou na aclimatização, fator limitativo neste tipo de competição em altitude.
José Mota e Luís Mota com o companhia da incansavél Lina Ferreira da Green roc

Neste local contamos com a companhia do “José Mota” e família, do Entroncamento. Boa companhia nos Alpes que ornou ainda mais agradáveis estes dias. Dizer que o José fez uma brilhante prestação. Parabéns Amigo.


A prova
Primeiro quilómetro


Não poderia cometer os erros do ano anterior, mas sabia que a preparação (possível) não me permitia grandes aventuras, terminar seria uma grande vitória.

Parti tranquilo debaixo de chuva mas apercebi-me que “faltava força” e aí os bastões, que utilizei pela primeira vez em prova, foram a solução. Diminuí a intensidade mas, logo na primeira descida as dores, que nunca tinha tido, eram muito fortes no quadricípite ( músculo da perna). Pensei logo “vai ser complicado, mas vou conseguir levar o colete”

Os quilómetros foram passando e a força voltava quando via a comitiva de apoio. Aos poucos o corpo foi-se libertando mas as fortes inclinações não davam descanso às pernas.

Corremayeur (Itália), meio da prova 
Em Champex- Lac


Molhado errei em não trocar de meias, os quilómetros que se seguiram, na companhia do João foram complicados. Em dificuldades lá fui com a sua ajuda, mais tarde com a agradável companhia da Ester Alves, que acompanhamos enquanto passou por algumas dificuldades momentâneas, as superou e depois saiu forte para um fabuloso oitavo lugar na geral feminina. Grande Ester!

Nós lá fomos os dois até ao ponto mais alto da prova, “Grand Cole Ferré”, passagem da Itália para a Suíça. Depois de longa descida até “La Fouly” eu segui e o João terminou a sua corrida. Ainda tive para trocar de meias que estavam molhadas e com areia, mas não era zona de apoio. Foram quilómetros de dor mas em “Champex-Lac” lá dei um mimo aos pés.


Faltava uma dura Maratona
A caminho da última "dura" Maratona



Luís Carlos 172
Luís Carlos e Luís Carlos


O dorsal tinha o nome do meu homónimo cá de casa, o meu filho. Foi um ano que muito me dediquei à carreira desportiva da minha filha Mariana. Esta é uma simples homenagem de admiração a um “bom filho” que, apesar de por vezes lhe faltar no apoio, sempre compreendeu esta situação.


Estaremos sempre juntos. Um dia seremos nós Mariana!

Em treino, antes da prova, com a Mariana
 

Já temos dois objectivos para a nossa vida desportiva. Temos que trabalhar para realizar esses sonhos. Obrigada filha.



O percurso não enganava, 42 quilómetros a subir e a descer a pique com dureza máxima. As dores foram embora e agora era “fazer a corrida como eu gosto”. Apesar de querer terminar queria deixar todo o esforço nos Alpes. Quando iniciei a subida ao “Téte aux Vent”, apenas umas pequenas luzes brilhavam no céu. Foi subir e descer forte, terminar em bom ritmo e recuperar algumas posições.
Depois da prova, tal como na edição anterior o apoio do Lélio Ferreira da Green roc, do Entroncamento
Terminei em 31horas e 38 minutos e 52 segundos, os cercade 172 quilómetros que marcou o GPS ( curiosamente o meu número de dorsal), sendo o 148º atleta da geral individual. 

Dedicada a ti
Com quem está sempre ao meu lado


É a força que me move, é a minha alegria em todos os momentos. És única!


Termino agora a época desportiva e como estou agradecido pelos momentos que vivi, em treinos, convívios ou em conversas sobre esta prova. 


Apenas me resta dizer:

“Muito obrigado a todos os que me apoiaram neste caminho”

Algumas notas: 

 O que é a Ultra maratona?

A corrida de longa distância, em Montanha, está em crescimento em todo o mundo. Se até há pouco tempo o desafio Maratona era aliciante, poucos eram os que desafiavam correr a distância. Hoje, correr 42 quilómetros, tornou-se tarefa fácil para muitos milhares de portugueses.

Surgem novos desafios e a “ultra maratona”, correr mais de 100 quilómetros, é o desafio da atualidade.

Em Portugal já há, semanalmente, muitas corridas de montanha que esgotam inscrições, algumas com mais de um milhar de participantes. Um fenómeno a ter em atenção pelas entidades de gestão da corrida em Portugal.


Como participar no UTMB?

Os candidatos a sorteio devem possuir 7 pontos, adquiridos em provas classificativas em todo o mundo, para se poderem candidatar. Após sorteio devem formalizar a inscrição (cerca de 200€) e de tratar de toda a logística para o evento ( viagem, alojamento, alimentação…).